A coleobrocas são insetos "broqueadores", que pertencem à ordem coleóptera, que "broqueiam", ramos, galhos e troncos das plantas.
Larva da broca da Madeira
Observe que quando o adulto emerge, formando o furo característico na madeira, já não resta mais nada a não ser o estrago causado na madeira. Mesmo assim é interessante proceder ao tratamento para imunizar a madeira naquele ponto. Não se esqueça de calafetar os furos após o tratamento.
Desde a árvore viva até a madeira útil, diferentes grupos de brocas de madeira atacam a madeira nas diferentes fases do seu beneficiamento. Assim, a despeito da enorme variedade de espécies, podemos, de uma maneira pratica, reunir as brocas em quatro grandes grupos conforme seus hábitos. Estes estão estreitamento relacionados com o teor de umidade da madeira e, portanto, com as fases do beneficiamento desse material. Essa classificação identifica o hábito mais freqüente dentro de cada grupo, não devendo ser esquecido, entretanto, que há exceções.
A presença da broca de madeira é percebida através da existência de um orifício por onde sai uma poeira fina e ás vezes levemente granulada
A inspeção visual e o uso de armadilhas é uma boa metodologia de averiguação. Com isso, pode-se avaliar qual é a melhor estratégia de controle ou se realmente existe a necessidade de controle químico. O tratamento mais comumente utilizado no combate as brocas de madeira é a aplicação de inseticida, desinsetização. Esse método pode ser empregado tanto no controle como na prevenção, sendo pouco eficiente no primeiro caso. Ao se aplicar o inseticida nos orifícios escavados pelas brocas, a praga não será exterminada já que ali é apenas a porta de saída da madeira pelos insetos adultos, os quais já emergiram. Ademais, a penetração do produto nesse local será pequena, porque ali se acumulam serragem e fezes do inseto, fato que restringe o alcance do inseticida a outros indivíduos.
Este método tem, portanto, um objetivo muito mais preventivo do que curativo. Se a superfície, frestas, juntas e orifícios estiverem tratados com inseticida (na madeira sadia), pode-se evitar que outras brocas venham depositar ovos naquela peça de madeira.
É relevante ressaltar que, como esse método é superficial, grande parte do produto tende a ser removida quando a madeira é trabalhada. Um outro procedimento bastante usado é o do controle com gases tóxicos.
Quando no estado de larvas ou ovos, a presença de brocas de madeira em uma peça de madeira é praticamente imperceptível, sendo que somente mais tarde, quando o adulto eclodir, é que perceberemos, e os prejuízos se tornarão evidentes. Para evitar esse tipo de problema, emprega-se o método acima citado. O procedimento consiste em submeter a madeira a um expurgo com gases tóxicos.
O expurgo é um tratamento essencialmente para combater e não para prevenir. No entanto, pode ser visto também como método de prevenção ao impedir que uma madeira atacada sirva de foco de infestação para outras madeiras sadias ou que o problema siga adiante.
O emprego do expurgo de gases tóxicos, embora de simples manuseio, exige cuidados, pois os gases usados são tóxicos e alguns deles reagem com metais, como o cobre. Isso acarreta uma série de restrições ao seu uso em determinadas situações. Sendo assim, é altamente recomendável seguir as orientações de uma dedetizadora licenciada. Pesquisas têm sido realizadas com outros gases, tais como argônio e nitrogênio. Nesse caso, o procedimento consiste em reduzir o teor de oxigênio na madeira, substituindo-o por um desses gases. Todavia, a comprovação da eficácia desse tratamento ainda está em fase de testes.
Os métodos citados acima devem ser empregados em conjunto para obter o contole da broca de madeira. O pré-tratamento das madeiras após o abate evita o ataque e o transporte de insetos até a serraria. O controle dos insetos xilófagos exige como primeira tarefa a análise da situação nos diferentes ambientes (seja na fábrica de móveis, na marcenaria etc) e, se houver algum problema, diagnosticá-lo corretamente, verificando o tipo de inseto (broca de madeira) e os tipos de condições que estão favorecendo sua presença. Dado o diagnóstico e considerando as diversas limitações, pode-se buscar o procedimento que oferece o melhor resultado com o menor risco para a madeira e o usuário.
Embora temos varias espécies, logo abaixo segue fotos de 2 adultas que são encontradas com muita facilidade em troncos de árvores.
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